Fala, João Alfredo!

9 de agosto de 2023 - 18:50

Ainda com o atraso de um dia, vou me permitir relatar um dos momentos mais bacanas deste período em que estou à frente do IDACE.

A reunião mensal da Comissão Brasileira de Justiça e Paz (CBJP) da Regional Nordeste I da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), situada no estado do Ceará, ontem [8/9], foi na sede de nosso instituto.


Eu também sou membro da CBJP, assim como o deputado estadual Renato Roseno, o padre Lino Allegri, a Bernadete Nogueira, o Ademir Costa, o Luciano Sampaio, o Vicente Flávio, a Aline Miranda e o Rafael Silva, que estiveram conosco.

A CBJP tem uma importância muito grande, porque funciona na CNBB como braço social voltada para a promoção da justiça e da paz. Há uma compreensão de que só há paz quando há justiça. Paz sem sem voz não é paz, é medo, já diria o rapper. Ela articula estes dois elementos que são muito importantes. A CBJP trabalha muito, portanto, na promoção dos direitos humanos, na denúncia, na situação dos cárceres, no acompanhamento da luta pela terra, no apoio aos povos indígenas e no apoio à reforma agrária.

Essa reunião realizada no Idace teve esse significado. Primeiro, apresentar aos membros da comissão o trabalho que o Idace faz nas suas mais diversas áreas, como de regularização fundiária, apoio à reforma agrária, demarcação das terras dos povos indígenas, acompanhamento dos conflitos agrários. Foi uma oportunidade que a superintendência, no momento ocupada por mim, teve de apresentar à CBJP a gama de trabalhos que o Idace realiza, sendo um órgão com 44 anos de existência e muito importante para a justiça social no campo. E apontando também algumas novidades da nova gestão, como uma presença mais forte na demarcação e posse das terras indígenas e comunidades tradicionais, e também voltada para o acompanhamento e mediação de conflitos no campo.

Ter esse conhecimento possibilitará à CBJP, na sua relação com a sociedade, com os bispos e as diversas instâncias da Igreja, a divulgação e o apoio, porque interessa, evidentemente, à CBJP, a realização da justiça no campo. Isso tem muito a ver, inclusive, com o que estamos trabalhando na regularização fundiária que seja também territorial e sócio ambiental, portanto voltada para as comunidades tradicionais e com o slogan desta nova gestão que é trabalhar pela Cidadania Agrária e pelo Bem viver.