Beberibe colhe primeiros resultados com a regularização fundiária

22 de novembro de 2018 - 16:42

O Programa de Cadastro Georreferenciado de Imóveis Rurais e Regularização Fundiária em execução desde 2007, pelo Instituto do Desenvolvimento Agrário (IDACE) já está colhendo os primeiro resultados no interior do Ceará. Um exemplo é o agricultor Ocimar da Silva, do sítio Lagoa Funda, em Beberibe, região do Litoral Leste do Estado. O programa tem a parceira da Secretaria de Reordenamento Agrário (SRA) do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), e coordenação da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA).

Em reportagem da televisão Verdes Mares, para o programa “Nordeste Rural”, na última quinta-feira, 05/06, seu Ocimar da Silva disse que depois de ter recebido o título de propriedade rural e feito o registro no cartório da cidade, a “minha vida melhorou muito”.  Ao repórter ele contou que conseguiu um financiamento no Banco do Nordeste, comprou equipamentos, ampliou os plantios de caju, mandioca, milho e feijão e passou a cultivar cana-de-açúcar. A cana-de-açúcar ele está vendendo para uma empresa fabricante de cachaça, na região.

Com a ampliação do plantio da cana-de-açúcar, seu Ocimar da Silva aumentou a produção de cajuína, além de ter realizado o sonho de comercializar a produção do produto. O agricultor conseguiu registar sua marca “Jon” no Ministério da Agricultura, criar o CNPJ e vender sua produção para a merenda escolar de prefeituras da região do Litoral Leste do Estado. A propriedade do seu Ocimar da Silva tem 43 hectares e o custo do registro no cartório foi de R$ 800,00.

O agricultor Vicente da Rocha, do sítio Campestre dos Moraes, em Beberibe, está na mesma expectativa do seu Ocimar da Silva. Ele contou à reportagem que pagou R$ 600,00 pelo registro em cartório da sua propriedade de 10 hectares e “estou trabalhando para melhorar as coisas aqui nas minhas terras”, ou seja, ampliar o plantio da roça (mandioca), caju, feijão e milho.

Seu Francisco Lino Reinaldo, do sítio Córrego de Santa Maria II, ainda não registrou no cartório seus 11 hectares de terra, o que esperar fazer “daqui uns dias”. O agricultor disse que tão logo regularize a documentação “vou trabalhar para melhorar a situação das minhas terras”. Dizendo-se “muito amoroso” com sua propriedade e de que nunca pensou em sai dela, seu Francisco Reinaldo disse que na região “todo mundo está satisfeito” com o título de propriedade “porque a gente nunca pensou que isto fosse acontecer”.

A equipe da Verdes Mares era composta pelo repórter Leal Filho, cinegrafista Ronaldo Gomes e auxiliar Romero Guerreiro. A reportagem teve o apoio do técnico agrícola Jeová Sales e de João Batista Reinaldo, da Secretaria do Desenvolvimento Rural, Aquicultura e Pesca da Prefeitura de Beberibe.