2ª CNATER finaliza documento que norteará política de ATER no Brasil

22 de novembro de 2018 - 16:39

A 2ª Conferência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (2ª CNATER) chegou ao fim, após ampla mobilização que somou 40 mil participantes do rural brasileiro. As delegações homologaram as 30 propostas para o documento final do evento. Delegados e delegadas também aprovaram a carta final, que reforça o posicionamento do pleno sobre a conjuntura não só do processo da Conferência, como do cenário político atual no país. O evento foi realizado no período de 31 de maio e 3 de junho, em Brasília.

Com o lema “Ater, agroecologia e alimentos saudáveis”, a conferência teve como objetivo estabelecer estratégias e ações prioritárias para promover a universalização da ATER pública e de qualidade aos agricultores/as familiares do Brasil, visando ampliar a produção de alimentos para todos. A conferência envolve, em todo o processo, representações das diversas instâncias de governo e da sociedade civil.

Durante a cerimônia, o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, do governo Dilma Rousseff, Gilberto Carvalho apresentou uma breve análise sobre a participação social no Brasil. “A sociedade brasileira hoje é outra. O fato de nós termos construído, ao longo dos anos, a capacidade da organização popular é a prova que esse projeto político vale a pena”, afirmou.

Para Gilberto, as crises políticas mundiais, muitas vezes resultam em um processo de evolução democrática. “A história aponta diversas crises políticas que foram fundamentais para o processo democrático no mundo. A nossa luta no Brasil deixa sinais claros de que a sociedade mudou. Somos mais fortes, difícil de aceitar rupturas com a democracia”, disse.

De acordo com Alessandra Lunas, presidenta do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf), o momento é de afirmar os direitos da população do meio rural. “A Conferência é prova concreta da força da participação social” disse.

A delegação cearense foi formada pelo secretário Dedé Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, presidente Eduardo Barbosa, do Instituto do Desenvolvimento Agrário (Idace), e presidente Antônio Amorim, da Ematerce, além de representantes de organizações sindicais.

Ao final da plenária, os delegados realizaram o gesto simbólico de levantar os crachás para homologarem as 30 propostas aprovadas. Das propostas, sete foram para as mulheres, quatro para os povos de comunidades tradicionais e quato para a juventude. O documento vai nortear a política de ATER no Governo Federal para os próximos anos.

A 2ª CNATER é uma realização do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) sob a coordenação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf) e se insere na estratégia de fortalecimento de espaços e formas de diálogo e participação social, que vem sendo desenvolvida nos últimos anos pelo Governo Federal.

 

Assessoria de Comunicação do IDACE

Augusto Brandão – augusto.brandao@idace.ce.gov.br – (85) 3474.9100